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  • Foto do escritorNoah Gabriel

Vênus


Vênus é o segundo planeta do sistema Solar mais próximo do Sol. Tem cerca de 800 milhões de anos e além do Sol e da Lua é o corpo celeste mais brilhante no céu, motivo pelo qual é conhecido desde a antiguidade. Também chamado de Estrela Dalva, estrela da manhã, estrela da tarde e joia do céu, é considerado um planeta irmão da Terra. Isso decorre em virtude das similaridades de massa, densidade e volume entre ambos. Vênus tem 12.104 km de diâmetro, ou seja, seu raio equivale a 6.052 km.

A sua superfície é coberta de lava e composta principalmente de dióxido de carbono e ácido sulfúrico, os quais formam nuvens densas responsáveis pelo fenômeno de efeito estufa. É isso que faz a temperatura aumentar a níveis suficientes para derreter o chumbo.

Pelo menos 97% de composição atmosférica é feita por dióxido de carbono. Há também 3% de nitrogênio e traços de dióxido de enxofre, vapor d'água, monóxido de carbono, argônio, hélio, neônio, cloreto de hidrogênio e fluoreto de hidrogênio.

Embora esteja mais distante do Sol que Mercúrio, a temperatura de Vênus é maior. Lá, ela chega a 482 ºC na superfície devido ao efeito estufa dos componentes do planeta.

Existem 4 planetas terrestres. Vênus é um deles. Seu brilho peculiar é causado pela pesada atmosfera, que irradia o calor da luz do Sol na superfície. A pressão atmosférica ao nível do mar é 92 vezes maior que a da Terra.

Vênus não tem satélites e o seu núcleo é composto por ferro com raio de cerca de 3 mil quilômetros, além de um manto com rocha derretida.


CURIOSIDADES

  1. Vênus é o planeta mais próximo da Terra.

  2. A rotação de Vênus ocorre de leste para oeste, contrária a todos os planetas do Sistema Solar.

  3. O planeta recebeu esse nome em homenagem à Vênus, a deusa romana da beleza e do amor.

  4. Vênus pode ser visto da Terra sem o auxílio de equipamentos.

  5. É o planeta mais quente, apesar de não ser o mais próximo do Sol.


CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

  • Interna

Sem dados sísmicos ou conhecimento do seu momento de inércia, existe pouca informação sobre a estrutura interna e a geoquímica de Vénus. Entretanto, a similaridade em tamanho e densidade entre Vénus e a Terra sugere que eles possuem uma estrutura interna similar: núcleo, manto e crosta. O núcleo de Vénus é, como o da Terra, pelo menos parcialmente líquido, porque os dois planetas têm se resfriado mais ou menos na mesma taxa. O tamanho ligeiramente menor de Vénus sugere que as pressões são significativamente menores no seu interior do que na Terra. A principal diferença entre os dois planetas é a inexistência de placas tectônicas em Vénus, provavelmente devido à superfície e manto secos. Isto resulta em uma reduzida perda de calor pelo planeta, impedindo-o de se resfriar, e é a provável explicação para a falta de um campo magnético gerado internamente.


  • Geografia

Cerca de 80% da superfície de Vénus é coberta por suaves planícies vulcânicas, sendo que 70% são planícies com cadeias enrugadas e 10% são planícies suaves ou lobuladas. Duas mesetas ( Mesetas é um acidente geográfico caracterizado por uma área elevada de solo com um topo plano, rodeada por todos os lados por escarpas inclinadas) principais em forma de continentes compõem o restante da superfície, uma situando-se no hemisfério norte e a outra logo ao sul do equador. A meseta ao norte é chamada de Ishtar Terra, em homenagem a Ishtar, a deusa babilônica do amor, e tem aproximadamente a superfície da Austrália. Maxwell Montes, a montanha mais alta de Vénus, fica em Ishtar Terra. Seu pico fica 11 km acima da elevação média da superfície venusiana. O continente setentrional é chamado de Afrodite Terra, em homenagem à deusa grega do amor, e é a maior das duas mesetas, com o tamanho aproximado da América do Sul. Uma rede de fraturas e falhas cobre a maior parte desta área.


  • Clima

A inércia térmica e a transferência de calor por ventos na atmosfera inferior fazem com que a temperatura na superfície venusiana não varie significativamente entre dia e noite, apesar da rotação extremamente lenta do planeta. Os ventos na superfície são lentos, movendo-se a poucos quilômetros por hora, mas, por causa da alta densidade da atmosfera na superfície do planeta, exercem uma força significativa contra obstáculos e transportam poeira e pequenas pedras pela superfície. Só isso já tornaria difícil um homem caminhar, mesmo que o calor e a falta de oxigênio não fossem um problema.

Acima da densa camada de CO2 estão espessas nuvens consistindo principalmente de gotículas de dióxido de enxofre e ácido sulfúrico. Essas nuvens refletem de volta para o espaço cerca de 60% da luz do Sol que incide sobre elas e impedem a observação direta da superfície venusiana na luz visível. A capa permanente de nuvens implica que embora Vénus esteja mais próximo do Sol do que a Terra, sua superfície não é tão bem iluminada. Fortes ventos a 300 km/h no topo das nuvens circulam o planeta a cada 4 a 5 dias terrestres. Os ventos venusianos se movem a até 60 vezes a velocidade de rotação do planeta, enquanto na Terra os ventos mais fortes chegam a apenas 10% a 20% da velocidade de rotação.


ÓRBITA E ROTAÇÃO

Vénus orbita o Sol a uma distância média de cerca de 108 milhões de quilômetros (cerca de 0,7 UA) e completa uma órbita a cada 224,65 dias. Embora todas as órbitas planetárias sejam elípticas, a de Vénus é a mais próxima da circular, com uma excentricidade de menos de 1%. Quando Vénus se coloca entre a Terra e o Sol, numa posição conhecida como "conjunção inferior", ele faz a maior aproximação da Terra de todos os planetas, ficando a uma distância média de 41 milhões de quilômetros. O planeta atinge a conjunção inferior a cada 584 dias, em média. Devido à decrescente excentricidade da órbita da Terra, as distâncias mínimas tendem a ficar maiores. Do ano 1 até 5383, há 526 aproximações a menos de 40 milhões de quilômetros; depois, não há mais nenhuma por cerca de 60 200 anos. Durante períodos de grande excentricidade, Vénus pode se aproximar a até 38,2 milhões de quilômetros.

Posição orbital e rotação de Vénus, mostradas em intervalos de 10 dias terrestres entre 0 e 250 dias. A posição do ponto da superfície que era o ponto anti-solar no dia zero é indicada por uma cruz. Como consequência da lenta rotação retrógrada, qualquer ponto de Vénus tem quase 60 dias terrestres de iluminação e um período equivalente de escuridão.

Observados de um ponto sobre o polo norte do Sol, todos os planetas orbitam no sentido anti-horario; mas, enquanto a maioria dos planetas também gira sobre seu eixo no sentido anti-horário, Vénus gira em sentido horário, em uma rotação retógrada. O atual período de rotação de Vénus representa um estado de equilíbrio entre a maré gravitacional do Sol, que tende a reduzir a velocidade de rotação, e uma maré atmosférica criada pelo aquecimento solar da espessa atmosfera venusiana. Quando se formou a partir da nebulosa solar, Vénus pode ter tido período de rotação e obliquidade diferentes, e depois migrou para o estado atual por causa de mudanças caóticas provocadas por perturbações planetárias e efeitos de maré sobre sua densa atmosfera. Esta mudança no período de rotação provavelmente ocorreu ao longo de bilhões de anos.

Vénus gira sobre seu eixo a cada 243 dias terrestres – de longe, a mais lenta rotação entre todos os planetas. No equador, a superfície venusiana gira a 6,5 km/h, enquanto, na Terra, a velocidade de rotação é de cerca de 1 670 km/h. Um dia sideral venusiano é, portanto, mais longo do que um ano venusiano (243 contra 224,7 dias terrestres). Entretanto, por causa da rotação retrógrada, a duração do dia solar em Vénus é significativamente mais curta que o dia sideral. Para um observador na superfície de Vénus, o tempo entre um nascer do Sol e outro seria de 116,75 dias terrestres. Como resultado do dia solar relativamente longo, um ano em Vénus dura aproximadamente 1,92 dia venusiano. Um aspecto curioso da órbita e período de rotação de Vénus é que o intervalo médio de 584 dias entre aproximações sucessivas da Terra é quase exatamente igual a cinco dias solares venusianos. Depois de 584 dias, Vénus aparece numa posição a 72° da inclinação anterior. Depois de cinco períodos de 72° em uma circunferência, Vénus regressa ao mesmo ponto do céu a cada 8 anos (menos dois dias correspondentes aos anos bissextos). Este período era conhecido como o ciclo Sothis no Antigo Egito. Não se sabe se esta relação aconteceu por acaso ou se é resultado de efeito de maré com a Terra.


SATÉLITES

Vênus não possui satélites naturais, embora o asteroide 2002 VE68 atualmente mantenha uma relação de quasi-satélite com ele. No século XVII, o astrônomo Giovanni Cassini informou ter visto uma lua orbitando Vénus, a qual foi chamada Neith, uma deusa egípcia. Ao longo dos 200 anos seguintes, houve numerosos outros registros, mas finalmente foi determinado que a maioria deles se referia a estrelas que tinham estado perto de Vénus. De acordo com estudo de 2006 de Alex Alemi e David Stevenson, do Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena, sobre modelos do início do Sistema Solar, é muito provável que, bilhões de anos atrás, Vénus tivesse pelo menos um satélite natural, criada por um grande evento de impacto. Cerca de 10 milhões de anos depois, de acordo com o estudo, outro impacto inverteu o sentido de rotação do planeta, o que fez o satélite venusiano se aproximar a Vênus até colidir e se juntar com o planeta. Se impactos subsequentes criaram luas, elas também foram absorvidas da mesma forma. Uma explicação alternativa para a falta de satélites é o efeito de fortes marés solares, que podem desestabilizar grandes satélites orbitando os planetas terrestres.


Créditos: Wikipédia

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